sexta-feira, 18 de março de 2011

dezoito de março.


Não adianta procurar semelhanças. Não parecemos nada, nada uma com a outra. Cabelos, olhos, boca, nariz, nada. Muito menos personalidade, manias, ou qualquer um destes. Uma loira, outra morena e um DNA compatível, não muito mais do que isso.
Ao mesmo tempo, filhas do mesmo pai e da mesma mãe, nascidas na mesma cidade, com os mesmos tios, primos e avós. Quando pequena, ela dizia que eu era adotada. Ao seu favor contava o fato de minha mãe e ela serem muito parecidas. Sobrava para mim que acreditava mesmo que eu tinha sido achada no lixo.
Hoje, o dia do aniversário dela, me faz falta não ter lhe dado aquele abraço apertado e um beijo de parabéns, sinto saudades das piadas e das bobagens dela.
Não moramos mais no mesmo endereço, nem isso temos mais em comum. Não dividimos as roupas, assim como as caronas no fim do dia se acabaram. Não discutimos sobre bobagens cotidianas, não assistimos mais BBT juntas, falta aquela disputa diária pelo computador...
Ainda não aprendi a falar um monte pra ela e quando tento, sai meio torto, ainda não sei exatamente como dizer certas coisas, mas a gente vai aprendendo.
Sei, no fim, que não importa muito distância, cor de cabelo ou qualquer semelhança, somos irmãs e isso basta. Podemos não ter os mesmos gostos, mas volta e meia me vejo usando as gírias dela e fazendo os mesmo gestos com as mãos. Sorrio sozinha nesse momentos e sinto ainda mais saudade.
Neste dia, dezoito, tudo o que queria desejar a ela e o maior presente do mundo não seriam suficientes para dizer tudo. Estamos longe, eis um fato, mas as vezes acho que isso nos aproximou de alguma forma.
Gosto muito de saber que não estou sozinha, que existe ali alguém que cresceu comigo e conhece minha história. Irmão mais velho tem a função de nos ensinar um monte na vida e aprendi um monte com ela, mesmo que as vezes eu me sinta a mais velha e ela a caçula. Hoje, falta o abraço, mais sobra o carinho. E algumas piadas, claro, todo esse jeito nosso de dizer "amo você".
Feliz aniversário, malucona.

Um comentário:

  1. Também sinto uma grande falta. Essa parte foi boa ''as vezes eu me sinta a mais velha e ela a caçula'',parece mesmo hehehe.A história da lata de lixo foi d+,só Nana mesmo viu? obs:já salvei a foto pra mim srsrrs.

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