quarta-feira, 6 de abril de 2011

Espinhos do Tempo


Olá! Falta pouco para os 25 agora, alguns dias e mais um ano se completa. Assim, deve fazer um pouco mais da metade da vida que eu guardo a sete chaves um desejo tão forte que o tempo não entra em sua fortaleza. Não importa a intempérie, ele apenas se mantém ali, firme e forte, sem arredar o pé. Pois é, você deve me achar a mais tola das pessoas e por vezes, eu também me classifico como uma dessas criaturas. Mas existe um pouco daqueles olhos de esperança que aguardam ainda, ali, sentada, quieta e comportada toda uma série de acontecimentos. Não, nada muito espetacular. Apenas uma mesa posta, o jantar servido, suco fresco, conversas bobas e risadas cadenciadas. Ainda sinto falta de algo que o vazio apaga com os dias e ainda anseio por uma realidade que um dia sequer existiu. Mas, aqui, no meu canto, o coração se permite guardar a sete chaves um desejo que sua ira faz escorrer lentamente e o passar dos anos apenas prova que é melhor deixar de ser uma tola à espera e tentar ser alguém melhor a cada dia. Eu só queria que você soubesse que não é fácil e o sol me dói as vistas da mesma forma como os espinhos machucam meus dedos que procuram apenas a melhor forma de se aproximar. Infelizmente, após metade da minha vida (e um quarto da sua) vivendo esse mesmo enredo com leves toques de novidade, nossos espinhos se tornaram mais duros do que aquela facilidade que você tinha para me fazer sorrir. Pois é, eu sei, não é fácil. E hoje é mais um daqueles dias que, por mais que eu tente, um dos espinhos que você atirou se agarrou à minha pele, trazendo com ele antigas dores. Não sei se você quer mesmo saber, mas ainda guardo o meu segredo a sete chaves e meu lado não-tolo sabe, nunca será verdade. Mesmo assim, aquele lado outro ainda suspira e aguarda. Talvez um dia o segredo se despeça, mas quero apenas que você entenda: Será o melhor para todos nós.

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