quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

história da vida.


ando achando tudo um pouco confuso. como um livro descosturado em que as páginas voaram com o vento e uma alma caridosa busca reordenar. mas, invariavelmente, pelo número de folhas, a organização não cai bem e páginas desordenadas se unem por um lapso de linearidade.
é verdade, nem sempre deveria ser 100% correto e quadrado, mas por hora, me engrandeceria um bom humor cotidiano e simples, sem falsas promessas ou sonhos demais. eu não sonho demais, acredito. minhas mil e uma vontades são reflexo do que eu sou e não excesso de mim.
nessa busca frenética por encontrar as páginas certas, minhas vistas se distraem do mundo e quando olho em volta, mais um dia se foi.
não seria apenas um mero devaneio imaginar como seria o mundo se o meu mundo fosse de outra forma, mas seria utópico viver a esperar que esse mundo se realizasse. no meu mundo torto e banguela, falta uma série de conteúdos, como aquelas palavras que o editor cortou por achar desnecessário, mas que, no momento em que foram escritas, eram essenciais. entretanto, a escrita não volta e não existe presente no passado.
o melhor não seria exatamente procurar as páginas que voaram com o vento e se deixam levar pela brisa, mas sim escrever novos registros e alimentar outras linhas. reconstruir seria a opção correta, realinhar não se mostra ineficaz.
nesses dias de caos no mundo, o meu mundo caótico por consequência aguarda com fé um sossego da vida.
no passaporte, ainda não carimbaram minha passagem de volta, mas me desejo um voo tranquilo, rumo a novos ares.
queria mesmo deixar as páginas voarem livres e escrever uma nova história, mas o dia esmoreceu e a noite se espalha. e na confusão da vida, ainda receio os novos enredos.

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