domingo, 14 de agosto de 2011

O velho e o moço (de mim)


(enquanto ela não podia ver o mar, levei o mar para ela) 
*
Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição
Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir...
(O velho e o moço - Los Hermanos)
*
Existem certos encontros na vida que por um bobo receio tentamos desviar. Existem momentos que a certeza do terminar nos impede de fugir no primeiro voo para longe. Assim foi o meu destino nessa sexta-sabado. Os olhos turvos não representam em si o todo, meu completo recordar me atualiza de mim e diz: "é tempo de futuro, mulher". Quero a paz da minha cadeira, as raizes e folhas da minha arvore e a minha vida que eu escrevo quando me olho em mim e me permito cair em queda livre no abismo que magoa e, ao mesmo tempo, reconstroi. Um brinde ao que fazemos de nós a cada dia e aos sonhos que construimos ao ajudar (também) a reconstruir a dor do outro. 

Um comentário: