domingo, 24 de julho de 2011

Os bons morrem jovens...

Depois de todo o movimento espetacular por conta da morte de Amy, encontrei alguns comentários questionando esse alvoroço que se faz quando um famoso morre. Não me esqueço de Michael Jackson.
Então estava lembrando das minhas aulas sobre literatura brasileira, especialmente sobre o Romantismo. Foi um período de grande subjetividade e marcado pela morte dos poetas por conta da tuberculose. Castro Alves, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu são exemplos clássicos desta epoca e deste "fim". Não me recordo se eram sobre eles, mas a grande discussão nestas aulas era que a forma como eles viviam, levaram o desenvolvimento da doença. Eram boemios, gostavam de retratar o sofrimento humano e pareciam não se encaixar na "sociedade comum". De posse de toda a sinceridade: a morte deles foi uma surpresa? 
Ontem estavam coversando com meu primo torto e ele me falou sobre os músicos que morreram aos 27 anos. Não que eu seja uma abrute comemorando as mortes alheias, mas criei uma singela teoria (que não foi cientificamente comprovada e que não sei se alguém já inventou também) que algumas pessoas consideradas portadoras de doenças mentais são donas de uma inteligência marcante e não se adaptam ao mundo. 
No caso de cantores e poetas, eles possuem uma forma fantástica de ver e viver o mundo e muitas vezes se deixam consumir por conta dessa vivência "no talo". Amy Winehouse é a bola da vez. Uma mulher fantástica, com uma voz linda e uma trajetória marcada por drogas e confusões. 
As vezes acho que certas pessoas com passagens meteóricas pelo mundo deixam legados dignos de sábios centenários e partem, simplesmente por não conseguir encontrar-se, por não conseguir se ver fazendo parte dessa sociedade dita "liberal", mas que massacra e julga com perseguições sensacionalustas os não adaptados ao grande sistema. É um fato: ao mesmo tempo que a mídia os transforma em reis por sua arte, os enquandram como anormais por suas condutas. 
Descanse em paz, Amy. 

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